Juan Carlos e Corinna Larsen tiveram um caso ex-conjugal durante mais de dez anos
Corinna Larsen, a ex-amante de Juan Carlos, garantiu à Justiça suíça que o dinheiro que recebeu do rei emérito de Espanha em 2012 foi um presente "por amor e por gratidão", para "garantir o futuro" e o dos seus "filhos", relata o jornal ‘El País’, que teve acesso ao seu testemunho.
Na altura, foram transferidos 65 milhões de euros para a sua conta, mas perante o procurador Yves Bertossa, que acusa Corinna, o gestor de Juan Carlos, Arturo Fasana, e o advogado Dante Caõonica do crime de branqueamento agravado de capitais, a ex-amante do rei emérito diz que ele não o fez não "para se livrar do dinheiro". "Ele tinha ainda a esperança de reconquistar-me", disse ainda. O crime de que é suspeita é punível com uma pena de prisão até cinco anos.
O depoimento de Corinna, de 58 anos, foi recolhido em dezembro de 2018, em Genebra, na companhia dos seus dois advogados suíços. O sistema de Justiça espanhol aguarda há vários meses por essas declarações, até agora inéditas, no entanto, a lei suíça permite que os alvos de investigação recusem o envio dos depoimentos para outros países e é isso que a antiga amante de Juan Carlos tem feito. O testemunho de Corinna Larsen é fundamental para a investigação que o Ministério Público está a fazer ao rei emérito por suspeita de lavagem de dinheiro e fraude fiscal.
O romance entre os dois terá começado em 2004 e durado cerca de dez anos.