Foi a primeira mulher a vencer um ‘Big Brother’ nacional, mantém a serenidade que foi a sua imagem de marca. Surpreendemos a jovem açoriana na clínica de saúde oral dos famosos. Anima-se a falar do trabalho de dentista, já do concurso fala com desprendimento.
– Como é que desaparece como vencedora do ‘Big Brother III’ e reaparece como dentista?
– Tirei o curso de Higiene Oral na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa e há quatro anos que trabalho com o dr. Miguel Stanley. Quando o concurso terminou, já lá vão nove anos, voltei aos Açores, de onde sou natural e onde estudava Engenharia Química, mas acabei por pedir transferência de curso. Vim para Lisboa e formei-me, comecei a trabalhar e aqui estou.
– Houve outras mudanças relacionadas com o concurso?
– Nem por isso. O concurso foi uma experiência importante, mas não determinante. A nível pessoal, Engenharia Química e Higiene Oral nada têm em comum, mas ainda fui a tempo de ver que não estava no curso certo e, hoje, sinto-me realizada.
– Recorda o concurso como uma experiência positiva ou negativa?
– O percurso, antes e depois de uma experiência desta natureza, somos nós que o traçamos. Aproveita-se o que há para aproveitar e mais nada. De resto, a vida é a mesma e, no meu caso, as prioridades também. Teria feito o mesmo com ou sem concurso. O destino somos nós!
– Deixar o anonimato foi difícil?
– Tudo o que fiz foi com consciência. E, para isso, contei muito com a ajuda dos meus pais que foram pilares fundamentais na minha educação. Nunca me senti desamparada e também por isso tive um percurso exemplar e consciente.
– Voltava a fazer tudo outra vez?
– Não com esta idade e esta vida. Mas, naquela altura e naquela circunstância, sem dúvida. Não só não me envergonho como não me arrependo do que faço.