Duarte Siopa foi a primeira pessoa singular a fazer uma adoção familiar em Portugal e, em conversa com Júlia Pinheiro, no programa das tardes da SIC, o apresentador do 'Manhã CM', da CMTV, recordou o processo de adoção de Diogo.
O primeiro encontro entre o apresentador e o filho foi
"numa quinta-feira, em janeiro de 1992", revelou. O comunicador, que na altura trabalhava na RTP, recebeu um telefonema a denunciar o abandono de crianças menores pela mãe biológica. O que, ao princípio, seria uma reportagem, tornou-se numa história de amor de pai para filho. Duarte Siopa recordou a primeira troca de olhares com Diogo, na altura com dois anos, e a decisão de ficar com o menino.
O apresentador da CMTV começou por contar que a conquista da confiança de Diogo não foi fácil:
"Ofereci-lhe tudo e ele nunca olhou ou sorriu para mim. E disse ‘eu sei como te chamas, chamas-te Diogo e não te levo para a minha casa… Ou queres ir para a minha casa?’. Ele disse: ‘Isso é o que eu queria’". E seguiram-se cinco anos de luta nos tribunais portugueses.
"O pai nunca apareceu e a mãe assinou um papel a dizer que não queria saber do filho", contou sobre a batalha judicial, referindo ainda a dificuldade que foi obter documentação para Diogo, uma vez que, na altura, não era comum ter mãe incógnita no bilhete de identidade.
Atualmente com 31 anos, Diogo Siopa surpreendeu o pai durante a conversa com Júlia Pinheiro e não conteve os elogios ao apresentador.
"Chegar e amar uma criança como dele, é coisa de super-heróis. Além de ser meu pai e sempre me guiar, sempre me apoiou, nunca julgou, sempre aceitou".