Cristina Ferreira recebeu o filho de José Castelo Branco, Guilherme, esta quinta-feira no 'Programa da Cristina'.
A apresentadora abordou o jovem de 31 anos sobre a excentricidade de José Castelo Branco e questionou-o sobre como aceitou o estilo e figura do pai, que não exibe uma figura semelhante à maioria dos progenitores.
"Este é o teu pai e tu estás ali ao lado dele com aquele sorriso maravilhoso, mesmo que todos pensem: Como é que este filho aguenta isto?", atirou Cristina, ao visualizar uma imagem de ambos.
Guilherme não mostrou qualquer preconceito.
"As pessoas pensam assim porque não viveram um crescimento com isto", começou por dizer.
"Sentia que tinha de defender o bom nome do meu pai. Meti-me em algumas confusões na escola. Questionava-me porque é que tinha de passar por aquilo e os outros não. Não sentia vergonha, mas sentia revolta. Tive de aprender o que era ter amigos verdadeiros muito cedo. Desejava que as pessoas entendessem o lado dele. Aprendi a lidar com isso", contou. "Aprendi a ver normalidade como o facto das pessoas se sentirem bem. Quando as pessoas se reprimem é que é anormalidade", desabafou ainda.
"Isto deu-me muita força para ser quem sou hoje. Hoje em dia eu tenho um grande poder de encaixe, muito maior do que a maioria das pessoas. E isso é muito importante, aprender a aceitar as diferenças dos outros. É algo muito positivo para mim, seja na vida profissional seja na vida pessoal", defendeu Guilherme, que garante que, graças ao pai, não cria preconceito nem julgamentos sobre ninguém sem conhecer a pessoa realmente.
"Eu quero conhecer a pessoa, e depois faço os meus julgamentos", explicou.
"Mas alguma vez se sentaram para ter uma conversa sobre isso, para que tudo fosse dito olhos nos olhos um do outro?", perguntou o rosto da SIC.
"Não é preciso. As atitudes, e a forma como nos ajudamos nos problemas um do outro, como somos amigos um do outro, diz tudo. Não precisamos de falar diretamente das coisas. Ele sabe o que eu passei e eu sei o que ele passou, e tudo o que passámos ajudou-nos a crescer mutuamente", disse Guilherme.
Cristina não resistiu a elogiar Guilherme sobre como conseguiu lidar com toda a situação, e construir um percurso
"muito certo" e
"muito seguro".
"Acho que foi pelo amor, de toda a família", justificou o filho do socialite.
A estrela das manhãs decidiu começar a falar sobre a companheira de José Castelo Branco, Betty Grafstein, de 91 anos. Guilherme revelou uma grande cumplicidade também com a mulher do pai.
"Ela passou por muito. Além de ser uma pessoa de alta sociedade, consegue falar com qualquer pessoa, porque viveu tanto, passou por tantas coisas, que consegue arranjar qualquer história da vida dela para se identificar com qualquer tipo de pessoas. Ela consegue perceber as pessoas e identificar-se", descreveu.
"Ela é feliz ao lado do meu pai porque eles funcionam muito bem juntos, e o meu pai é um grande companheiro. Eles são muito companheiros um do outro e a forma como os dois veêm a vida é muito parecida", afirmou Guilherme, revelando que teme o dia em que o pai poderá ter de enfrentar a perda da empresária.
"Tenho medo, porque sei que o meu pai não gosta nem de pensar nisso, mas é algo inevitável. Nesse momento, sinceramente não sei como vai ser, mas acho que ele vai fazer o que faz sempre, que é superar", garantiu Guilherme, que considera o pai "
um sobrevivente" e um
"lutador", pois lutou para conseguir ser o que mostra ser hoje de forma livre. O filho do conde mostra que não está
"minimamente preocupado" com as características do pai.
Para terminar a conversa, Cristina Ferreira desafiou Guilherme a enaltecer o que José Castelo Brano tem de melhor.
"É amigo, confidente, esperançoso. Ele acredita que tudo vai ficar bem, e acha que sermos verdadeiros connosco próprios é a essência. Eu aprendi com ele que a felicidade não advém do exterior mas sim do interior. Podemos ser felizes com muito ou com pouco, é uma questão de perspectiva", disse Guilherme, sem esconder o orgulho no pai, José Castelo Branco.