Sara Tavares subiu esta terça-feira ao palco da City Winery, em Nova Iorque, continuando uma pequena digressão pelos EUA e Canadá, seis anos depois de ter atuado no país pela última vez.
"Sou a mesma pessoa e artista na essência, mas ninguém permanece igual depois de seis dias, quanto mais quando se passaram seis anos. Amadureci. Sou uma Sara mais apurada na vida e no palco", disse a artista à agência Lusa.
Sara, que esteve afastada da música durante um ano e meio devido a doença, regressou aos palcos em 2011, passando em países como Brasil, Polónia, Angola e Cabo Verde, mas a vinda para os EUA foi sendo adiada.
"Estou contente. Sinto que, como músico, regressar aos lugares onde já toquei é uma dádiva especial. Quer dizer que deixei uma boa impressão. Das vezes em que estive cá, fui sempre bem recebida", disse.
A artista diz que "o público foi sempre misto" nos seus concertos nos EUA, com "americanos, portugueses, cabo-verdianos, latinos, etc", mas que não sabe explicar como é que os estrangeiros a descobrem.
"Não sei responder como chegam à minha música. Acho que de várias formas. Alguns através de amigos que são fãs ou próximos da cultura lusófona. Outros por mera curiosidade. Alguns, por exemplo, gostam de aprender português e eventualmente vão dar com música feita em português. E sei lá, tantas outras vias que desconheço", diz.